Pérsio Arida em homenagem a José Marcio Rego

Pérsio Arida fez lindo texto, no Caderno Eu & Fim de Semana, do jornal Valor Econômico, em homenagem ao meu, ao seu, ao nosso querido José Márcio Rego (link no final). Arida conta divertidas histórias sobre o grupo de discussão de que participa com José Márcio e outros em São Paulo. Adorei o texto, porque também tenho a honra de participar de outro grupo, também criado por José Márcio, logo no iní­cio da pandemia, em que se discutem (on line, por razões óbvias) artigos e livros sobre temas variados. O próprio Arida passou por algumas vezes.
A homenagem de Arida me encantou, porque eu mesmo tenho uma história divertida com José Márcio. Em 2017, ele cismou que eu teria de fazer uma palestra na Casa do Saber, em São Paulo, para comemorar os 50 anos do movimento Tropicalista. De nada adiantava eu dizer ao José Márcio que eu não era crítico de arte, nem especialista em estética, pois ele logo retrucava: "não, você pode fazer e vai mandar bem; e, além disso, eu soube que o Caetano gosta muito de você". Pois bem, como adoro o José Márcio e o Caetano, tive de abandonar meus afazeres na área de Economia para reler a "Verdade Tropical", do próprio Caetano Veloso - que, no meu modo de ver, é a mais apurada e detalhada análise do aludido movimento -, além de artigos, teses e, até mesmo, uma coisa ou outra do historiador musical (conservador) José Ramos Tinhorão. Essa tarefa a mim delegada por José Márcio é parecida com a história que o Arida conta de sua incumbência de apresentar um texto de Husserl. A diferença é que, para não pagar mico, preparei o powerpoint e enviei os slides ao Caetano, perguntando-lhe se havia, ali, alguma bobagem. Só me senti seguro quando o mestre me respondeu, de forma monossilíbica: "tudo certo".
José Márcio, reitero aqui o que disse em nossa reunião na quarta-feira passada: acordo sempre sorrindo quando chega o dia de nossas discussões. Fica aqui minha sugestão de, passada a pandemia, transformá-las em presenciais. Se todos do grupo concordarem, certamente eu acordaria sorrindo para pegar a ponte aérea. E almoçar (ou jantar) com todos em Sampa.
Link: https://valor.globo.com/eu-e/artigo/persio-arida-uma-homenagem-a-jose-marcio-rego-aos-65.ghtml